sexta-feira, dezembro 29, 2006

Sem título II

Quero palavras,
sentidos,
vento e horizontes,

Quero paisagens, sortidos, segredos atrás dos montes
Quero o teu colo, foragido,
Que de alento me atiça

Um empurrão
para a falésia onde se sentam
os sonhos e a transparência da luz

Quero o sol,
O branco e o azul
O mar
E tudo o que me ilumina
o medo

Quero o sorriso
De duas crianças que trazem um farol na mão

Depois…
Dar à terra aquilo
que merece
porque a bênção
de estar aqui
é maior do que a
mais bela praia do mundo –
lugar mais-que-perfeito,
para saber da beleza toda

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Sem palavras

Um cigarro aceso e a luz dos teus olhos era fel;
uma doce miragem e o teu cheiro exitação.
A longura dos teus dedos estranho prazer roubado às noites.
Todas as palavras eram possíveis;
todos os sentidos viáveis,
Abertos, todos os segredos e todos os colos

Apagaste a luz e o sol queimou-me a vista.
Por que foi que denunciaste a minha doce
luxúria e rasgaste o encontro?
E as nossas palavras? E os teus lábios? E o nosso dever de as falar?